A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) inaugurou nesta quinta-feira (16), a Sala Lilás de Batayporã, ambiente na Delegacia de Polícia Civil reservado ao acolhimento às vítimas de violência doméstica e familiar. A sala é a 33ª de Mato Grosso do Sul e conta com o apoio da Rede Municipal de Assistência Social, Rede Municipal de Saúde e Conselho Comunitário de Segurança para promover o atendimento especializado.
Representantes do Judiciário, Executivo, Legislativo e da comunidade participaram da solenidade de inauguração. Na ocasião, o delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Roberto Gurgel de Oliveira Filho, destacou as ações de enfrentamento à violência adotadas no contexto estadual. “Nós enfrentamos os problemas porque não maquiamos a realidade. A sala existe porque há um enfrentamento necessário, inclusive, MS é referência e temos exportado esse modelo”, avaliou.
Por sua vez, o prefeito Germino Roz enfatizou a atuação do delegado titular da Polícia Civil em Batayporã, Filipe Davanso Mendonça. “São ações possíveis graças ao engajamento de uma rede muito presente e atuante. Quero destacar a figura do dr. Filipe, que sempre dedicou esforços para que a Sala Lilás fosse implantada. É gratificante, como representante do Executivo, vivenciar esse momento”, afirmou Germino.
Para a responsável pela Coordenadoria Especial da Mulher de Batayporã, Simone França e a secretária municipal de Assistência Social, Maynara Wruck, o principal destaque da sala é proporcionar um ambiente reservado e uma equipe multidisciplinar. “Não apenas os profissionais da Polícia, mas todos os outros que se engajam nos atendimentos, como assistentes sociais, psicólogos e técnicos, têm orientações muito claras para uma abordagem humanizada. As vítimas já chegam muito vulneráveis e precisam ser bem atendidas para conseguirem sair do ciclo de violência”, concordaram.
Violência doméstica e familiar
A Leia Maria da Penha (Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006) define violência doméstica e familiar como “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”. O Instituto Maria da Penha ressalta que “essas formas de agressão são complexas, perversas, não ocorrem isoladas umas das outras e têm graves consequências para a mulher. Qualquer uma delas constitui ato de violação dos direitos humanos e deve ser denunciada”.
Denúncia
Mulheres que sofrem violência ou pessoas que queiram ajudar as vítimas podem procurar diversos canais para denunciar. Em todos eles, o anonimato é garantido.
Delegacia de Polícia Civil de Batayporã: (67) 3443-1268 (fixo e whatsapp).
Polícia Militar: 190 e (67) 99661 1694.
Ministério Público: (67) 2020 9321.
Central de Atendimento à Mulher: 180.
Disque Direitos Humanos: 100.
Conselho Tutelar de Batayporã (crianças e adolescentes): (67) 99284 9955.