Homens e mulheres participantes do projeto Conviver de Batayporã, ligado ao Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Idosos, participaram de atividade especial alusiva à campanha Agosto Lilás, de prevenção e enfrentamento à violência contra a mulher. Na quinta-feira (17), a sede do projeto esteve lotada para palestra com a psicóloga Sonia Rodrigues, que abordou o tema ‘A construção social da violência contra a mulher’.

A atividade foi articulada pela Secretaria Municipal de Assistência Social por meio da Coordenadoria Especial da Mulher. Segundo a responsável pela coordenadoria, Simone França, o intuito foi promover a conscientização entre os idosos sobre os processos de violência e elencar canais de apoio. “Nunca é tarde para despertar novos comportamentos e, principalmente, quebrar o ciclo da violência”, afirmou a coordenadora.

A palestra foi precedida por ministração espiritual realizada por representantes da Paróquia Santo Antônio de Pádua e da 1ª Igreja Batista de Batayporã, além da acolhida da equipe da Rede Socioassistencial. Na ocasião, a secretária de Assistência Social, Maynara Wruck, saudou os participantes e agradeceu pela mobilização do Conviver junto à campanha. “É importante ver nossa rede articulada. Cada oportunidade que temos para discutir e aprender juntos é fundamental. Agradeço pela dedicação de todos e pela disposição da convidada, que nos acrescenta muito conhecimento”, disse.

Segundo a psicóloga Sonia Rodrigues, a discussão é essencial para as pessoas da melhor idade. “O grande desafio é combater uma naturalização e uma cristalização da violência que fez parte da formação deles. Muitas mulheres passaram a vida sofrendo agressões, mas não se identificavam como vítimas por conta dessa normalização, dessa cultura do machismo e patriarcado. Precisamos provocar a reflexão e dizer que nem toda atitude pode ser considerada natural, que o papel do homem não é agredir e que a mulher não tem que estar na subserviência”, contextualizou a profissional.

Somada à palestra, as servidoras da Rede Socioassistencial também promoveram panfletagem com material informativo elecando canais de denúncia e de apoio às vítimas de violência, como o Disque 180, da Central de Atendimento à Mulher, que garante o anonimato das ligações.